Um roteiro certo para encontrar o precipício no Rio de Janeiro

Meus caros, em tempos crise, aperto financeiro e delações bombásticas, nada poderia ser mais prejudicial para os seus negócios, do que seguir um roteiro do desastre.

Uma rota para se evitar no Rio de Janeiro

Mas como a ideia aqui é fugirmos dos “lugares comuns do soft business”, no lugar de apresentarmos uma receite de bolo sobre o que fazer, optamos por expor uma rota perfeita para se evitar.

“O óbvio sempre é esquecido”

Acredite você no que desejar, mas nunca se esqueça que alguns tropeços são atemporais, e mesmo muito óbvios, são facilmente observados nos desastres empresariais.

Entre sabotagens e tiros no joelho

Tratam-se de situações muito comuns, mas uma vez toleradas, podem afetar assassinando no berço iniciativas fantásticas, inovadoras e muito viáveis.

O estabelecimento de metas impossíveis

Acredite. Eu, você, a sua e a minha equipe possuem limitações.
“Sim, é possível que sua equipe instalada num centro de startups não consiga habitar Marte neste ano. Que chato. Quem sabe no próximo”
Para evitar que as metas e objetivos traçados não se transformem em peça de folclore, por conta do mais absoluto descrédito, estabeleça apenas aquilo que de fato possa ser realizado.

Depois disso cobre com rigor.

A contratação de analfabetos funcionais

Sim eles existem, e eventualmente podem ser encontrados nas melhores escolas.
Algo como, um gestor financeiro não dominar as práticas da matemática financeira, desconhecer princípios contábeis ou ferramentas e modelos de gestão financeira.

Fuja disto, sem piedade.

A institucionalização da desorganização

Não há nenhum problema em um ambiente de trabalho informal, arejado e livre dos rigores corporativos tradicionais.
Esses ambientes podem (vejam bem, podem, mas não garantem nada) propiciar um ambiente de trabalho mais produtivo.
Outra coisa é a informalidade ocasionar a perda de documentos e informações importantes ou a dificuldade para se localizar contratos.

Um escritório de contabilidade confuso

Equivale às doenças silenciosas e aparentemente indolores que atacam os seres humanos.

É algo que vai corroendo, dia após dia.

Arrebenta com a tranquilidade fiscal , destrói os controles internos, e fragiliza o aparato administrativo financeiro até se transformar em uma batata quente onde ninguém vai querer por a mão.

Mas a sabotagem pode acontecer antes, dentro de você mesmo, por meio de algumas percepções e conceitos furados

Aqui vão algumas delas: “Mas por favor, não façam isso em casa”!

Sabotagem #1

Ao fechar o primeiro grande contrato, assuma para você mesmo que de agora em diante tudo vai dar certo e passe a gastar por conta, tendo a certeza de que muitos outros virão.

Sabotagem #2

Se você trabalhava em uma grande empresa como executivo, de forma alguma deixe de lado as comodidades de antigamente.

Jamais comece a sua pequena empresa sem uma boa secretária bilíngue. Jamais monte seu escritório em um endereço modesto com um pequeno espaço.
E não esqueça de investir pesado na decoração.

Sabotagem #3

Independentemente do porte do seu negócio ou mesmo da necessidade, trabalhe duro para adequar a sua cultura empresarial aos modismos de gestão da ocasião.

Aplique tempo e dinheiro nisso.

Sabotagem #4

Mantenha sempre um cego e exuberante otimismo, pois ser pragmático e cuidadoso representam comportamentos retrógrados e conservadores.
Não peca o seu tempo avaliando os riscos, e deixe de uma vez por todas os pensamentos negativos para trás.

Sabotagem #5

Reaja com irritação, sempre que escutar um relato ou análise sobre determinado problema, que não coincida com a sua opinião.

Sabotagem #6

Peça sugestões para pessoas mais experientes sobre os problemas da empresa.
Porém, ao escutá-las, apoie apenas e exclusivamente aquelas que coincidam com suas ideias e concepções.

Elimine esse papo de senso crítico.

Sabotagem #7

Fortaleça e promova única e exclusivamente, os colaboradores que lhe dirijam elogios, reconhecimento, aceitação e apoio como chefe/ líder.

Sabotagem #8

No trato com seus colaboradores e ao transmitir instruções ou orientações, não seja prático ou direto.
Adote uma comunicação oblíqua, difusa, holística e rarefeita. Abandone para sempre o hábito da objetividade.

Sabotagem #9

Combata as atitudes e posicionamentos dotados de personalidade e senso crítico, promovendo sempre o “senso comum” e as “frases de efeito”.

Sabotagem #10

Não admita em nenhuma hipótese os erros que você mesmo cometeu. Isso pode enfraquecer a sua liderança.

Sabotagem #11

Desaprove com vigor aqueles que assumem os seus próprios erros, por mais honestos que sejam.
Afinal de contas o sua empresa nasceu para ser grande, e por isso mesmo é um lugar para profissionais perfeitos.

A lista poderia ser mais longa e de um humor ainda mais ácido, mas se conseguir evitar as situações que descrevemos, estará dando um decisivo passo para a prosperidade e solidez do seu negócio.

Boa sorte.

Fonte: http://saiadolugar.com.br/sabotagem/

Seletus Contabilidade

Contabilidade no Rio de Janeiro

 

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